Pesquisas mostram ascensão do empreendedorismo feminino
O empreendedorismo está em alta no Brasil, com seis em cada 10 brasileiros almejando serem donos do próprio negócio, de acordo com uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, conduzida pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe). Esses números são marcantes: 67% da população adulta do país, equivalente a mais de 93 milhões de brasileiros, estão envolvidos com empreendedorismo. Entre eles, 42 milhões já empreendem e 51 milhões são potenciais empreendedores, indicando uma cultura empreendedora vibrante e em expansão.
O País é reconhecido globalmente, ocupando o 2º lugar no ranking da proporção percentual de potenciais empreendedores, ainda segundo a pesquisa do Sebrae e Anengepe. E no cerne desse movimento, as mulheres se destacam. De acordo com estudo baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de empreendedoras em relação ao total de negócios atingiu 34,4% em 2022, totalizando 10,3 milhões de mulheres donas de seus próprios negócios.
Autonomia tem sido um dos atributos mais considerados na escolha de seguir esse caminho, levando muitos para o marketing multinível, que atrai especialmente mulheres. A liderança feminina mostra sua força de trabalho, constituindo 60% da frente de vendas, entre os 3,5 milhões de empreendedores do setor que atuam como distribuidores diretos das empresas, seja em modelo de marketing multinível ou mononível, segundo informações da Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas.
“O Brasil é reconhecido globalmente como um país empreendedor”, afirma Paulo Moledo, CEO da Royal Prestige, marca premium de utensílios de cozinha, que conta com 10.300 distribuidoras mundialmente. “A diversidade de oportunidades, o espírito criativo e a resiliência dos brasileiros alimentam um ambiente propício para o empreendedorismo.”
O número de mães solo, aquelas que cuidam sozinhas de seus filhos, aumentou 17% na última década, passando de 9,6 milhões em 2012 para mais de 11 milhões em 2022, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esta situação gera ainda mais dificuldades para o ingresso dessas mulheres no mercado de trabalho. “Diante desse cenário, a venda direta oferece flexibilidade de horários e uma oportunidade única de conciliar trabalho e família, o que atrai muitas mulheres empreendedoras”, destaca Moledo.
Ele ainda complementa: “Esses números não apenas refletem a resiliência e a determinação das mulheres em busca de independência financeira, mas também evidenciam a vitalidade e a liderança feminina no setor. As mulheres empreendedoras estão pavimentando o caminho para o sucesso, inspirando outras a seguirem seus passos e contribuindo significativamente para o crescimento econômico e social do Brasil.”