Eifman Ballet chega ao Brasil com o balé “Anna Karenina”

Eifman Ballet chega ao Brasil com o balé “Anna Karenina”

Com mais de 50 obras em seu repertório, todas exemplos de como concebe o balé contemporâneo, Boris Eifman e seu Eifman Ballet voltam ao Brasil após um hiato de 27 anos para apresentar o balé “Anna Karenina”, inspirado na obra-prima de Liev Tolstói.

A produção já percorreu o mundo, com apresentações na Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá, e chega ao Brasil em mais uma realização da DELLARTE, para apresentações nos dias 16 e 17 de outubro no Teatro Bradesco, em São Paulo, e nos dias 19 e 20 de outubro no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes. Ingressos já estão à venda em Uhuu para São Paulo e Sympla para o Rio de Janeiro.

Trinta e oito bailarinos sobem ao palco para esta produção da companhia, que traz para a turnê brasileira uma equipe de cinquenta e cinco pessoas e quase cinco toneladas de cenários e equipamentos técnicos, incluindo duzentos e setenta figurinos.

Por 47 anos, Boris Eifman tem percorrido o mundo com sua companhia, em produções que giram em torno da teatralidade, pas-de-deux acrobáticos e efeitos especiais de luz, figurino e cenografia. Segundo o San Francisco Chronicle, “Este coreógrafo russo e seus dançarinos estão entre os artistas mais fascinantes do panorama atual.”

Treinado no estilo clássico do balé russo, Eifman criou uma linguagem teatral de movimento que funde a narrativa e a investigação filosófica. “O que desenvolvo é o teatro russo de balé psicológico, que se diferencia tanto do balé clássico tradicional quanto da abstração moderna. A arte que criou foca no mundo interior e na vida espiritual e sensorial do ser humano, buscando reunir a dança às leis fundamentais do teatro”, diz Eifman.

Preocupado há muito tempo com a genialidade e os mistérios do processo criativo, Eifman explorou, em trabalhos anteriores, as mentes de artistas como Tchaikovsky, Molière, Rodin e a bailarina Olga Spessivtseva. Segundo Anna Kisselgoff, em matéria no New York Times, “O mundo do balé, em busca de um grande coreógrafo, não precisa procurar mais. Ele é Boris Eifman.”

Deixando de lado as tramas secundárias do romance de Tolstói, o coreógrafo concentrou-se nessa produção no triângulo amoroso Anna – Karenin – Vronsky. Por meio da linguagem da dança, Eifman retrata o drama de uma mulher em processo de renascimento. Segundo ele, é a paixão amorosa, o instinto básico que levou a heroína a transgredir as normas de moralidade social da época.

“O balé é um reino muito específico onde o drama psicológico é reencenado e realizado; é uma oportunidade para obter um insight sobre o subconsciente. Cada nova produção é uma busca pelo desconhecido”, afirma Eifman.

“O romance Anna Karenina de Tolstói sempre foi objeto de meu intenso interesse. Ao ler Tolstói, pode-se ver o quanto o autor compreende o mundo interior e a psicologia de seus heróis, o quão precisamente ele descreve a vida na Rússia. No romance, somos imersos no mundo psicológico da personagem principal, além de uma interpretação psicoerótica de sua personalidade. Tudo isso se tornou a essência de minhas reflexões coreográficas sobre o livro”, continua o coreógrafo.

“Para mim, Anna era uma espécie de metamorfose, pois duas pessoas viviam dentro dela: externamente, ela era conhecida por seu marido Karenin, por seu filho e por todos ao seu redor como uma dama da alta sociedade. A outra era uma mulher imersa no mundo das paixões”, completa Eifman.

A turnê do Eifman Ballet pelo Brasil faz parte do projeto internacional Russian Seasons, ideia surgida há mais de cem anos, quando, em 1908, Sergei Diaghilev começou a organizar apresentações de estrelas da ópera e do balé russos na Europa e na América. Apoiado pelo Ministério da Cultura da Federação Russa, o projeto tem a missão de apresentar com eventos o patrimônio cultural e tradições russos, incluindo desde concertos de música clássica e produções teatrais até festivais de cinema, exposições de arte, projetos educativos, palestras e master classes.

“Anna Karenina”, produção do Eifman Ballet St Petersburg

SÃO PAULO
Teatro Bradesco – R. Palestra Itália, 500 – 3° Piso – Perdizes, São Paulo – SP
16 de outubro, quarta-feira – 21h
17 de outubro, quinta-feira – 17h
17 de outubro, quinta-feira – 21h
Link de vendas: Uhuu

RIO DE JANEIRO
Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
19 de outubro, sábado – 20h
20 de outubro, domingo – 15h
20 de outubro, domingo – 20h
Link de vendas: Sympla

Sobre a DELLARTE

Uma das maiores produtoras de soluções e eventos culturais do país, atuando na área da música clássica, jazz e artes performáticas há 40 anos, a Dellarte já realizou mais de 1.500 apresentações para mais de 3 milhões de pessoas, trazendo para o Brasil atrações do cenário cultural mundial.

John Malkovich, Jessye Norman, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, José Carreras, Montserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, Kathleen Battle, Balé do Teatro Bolshoi, New York City Ballet, Balé do Teatro Mariinsky – Kirov, Ballet da Ópera Nacional de Paris, MOMIX Dance Theatre, Martha Argerich e Nelson Freire, Mstislav Rostropovich, Evgeny Kissin, Lang Lang, Yuja Wang, Itzhak Perlman, Joshua Bell, Yo- Yo Ma, City of Birmingham Symphony Orchestra com Sir Simon Rattle, New York Philharmonic com  Kurt Masur, Royal Philharmonic Orchestra, Filarmônica de Viena, Companhia Antonio Gades, Cia Joaquim Cortez, Ballet do Teatro Scala de Milão, Kamasi Washington, Bobby McFerrin, Keith Jarrett, Paco de Lucía e  Chick Corea são alguns dos nomes que já se apresentaram no Brasil pelas mãos da Dellarte.

DINO