Integração de áreas impulsiona gestão em serviços

Integração de áreas impulsiona gestão em serviços

A complexidade operacional nas empresas de serviços tem sido objeto de estudos que apontam para impactos claros na eficiência organizacional. Segundo uma pesquisa recente da consultoria IDC, 74% das médias empresas no setor logístico na Europa relatam que sistemas fragmentados são um dos principais obstáculos à eficiência operacional e à previsibilidade estratégica. Além disso, um estudo publicado pela Springer em 2025 revela correlações significativas entre a complexidade de tarefas (0.61), dos programas de serviço (0.49) e dos processos de atendimento e suporte ao cliente (0.48), indicando como esses elementos inter-relacionados dificultam a governança sistêmica e afetam diretamente os resultados operacionais.

A gestão sistêmica é definida como a coordenação integrada de todas as funções e processos de uma organização, com o objetivo de alcançar uma visão holística do negócio. No setor de serviços, a intangibilidade das entregas e a multiplicidade de equipes, desde atendimento ao cliente até operações de campo, tornam complexa a implementação de uma abordagem de gestão de processos eficaz. De acordo com o Guia Prático de Gestão de Processos (Ministério da Economia, 2024, págs. 15–17), o mapeamento e a padronização de fluxos em organizações de serviços requerem estruturação mais intensa devido à natureza intangível dos resultados. O manual ainda ressalta que a implantação da gestão de processos pode enfrentar ‘resistência interna’ e ‘dificuldades na integração de sistemas’ (págs. 20–22). Em muitos casos, processos administrativos, comerciais, financeiros e operacionais operam de forma fragmentada em sistemas distintos, o que, conforme o Guia (págs. 25–27), compromete a fluidez das informações e a coordenação entre áreas.

De acordo com o estudo “The State of Organizations 2023” (McKinsey & Company, 2023, p. 8), organizações que adotam modelos operacionais flexíveis, investem em capacitação de talentos e promovem culturas colaborativas apresentam maior capacidade de adaptação e processos decisórios mais eficientes, ressaltando que a gestão sistêmica favorece a agilidade operacional e o alinhamento estratégico. Além disso, o relatório “Pulse of the Profession 2023” do Project Management Institute (PMI) reforça que a falta de visibilidade e coordenação entre áreas é um fator crítico que compromete o sucesso dos projetos, impactando diretamente a previsibilidade de entregas e a eficiência operacional.

Nesse cenário, soluções digitais que atuam de forma integrada têm sido utilizadas por empresas prestadoras de serviço para consolidar dados e melhorar a gestão estratégica. Plataformas como o EvoluRP, um sistema ERP voltado à gestão empresarial, figuram entre os sistemas desenvolvidos com esse propósito. Esses sistemas integram diferentes áreas da organização, como finanças, atendimento, projetos, compras e controle operacional, possibilitando uma visão consolidada do desempenho do negócio. Ao centralizar as informações operacionais em uma única interface e automatizar fluxos críticos, ferramentas desse tipo contribuem para a adoção de práticas de gestão sistêmica e para a tomada de decisão baseada em dados.

De acordo com Marcelo Rosa, CTO da T2S, empresa de tecnologia que adotou sistema ERP integrado, “Como CTO, posso afirmar que a adoção da plataforma de gestão integrada e evolutiva teve um impacto direto e muito positivo na rotina da nossa equipe, principalmente em três pilares fundamentais: visibilidade dos dados, tomada de decisão e integração entre áreas. Isso nos permite sair de um modelo reativo para um modelo proativo e estratégico de gestão, com tecnologia apoiando diretamente o crescimento e a eficiência do negócio.

Rodrigo Salgado, diretor-executivo da T2S e de startups como Relpz, HRelper e Ponctual, também destaca os ganhos operacionais obtidos com esse tipo de solução: “A integração sistêmica nos permite enxergar a empresa em tempo real. Em vez de lidar com múltiplas planilhas e interpretações isoladas, temos uma base única e estruturada para análise, planejamento e acompanhamento do desempenho. Esse nível de controle permite decisões mais rápidas e fundamentadas, alinhadas à estratégia de crescimento dos negócios.

“A adoção de uma gestão sistêmica em empresas de serviços requer planejamento estruturado, treinamento contínuo das equipes e investimento em tecnologia que proporcione visibilidade em tempo real. A consolidação das informações em um único ambiente favorece o controle de custos, a mitigação de riscos e a elaboração de cenários preditivos, essenciais para sustentar decisões alinhadas aos objetivos organizacionais, finaliza o CTO, Marcelo Rosa.

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