Estudo aponta dados sobre investimentos em infraestrutura

Estudo aponta dados sobre investimentos em infraestrutura

No estudo apresentado no site da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), chamado investimentos necessários para o equacionamento do déficit habitacional e de infraestrutura e seus impactos econômicos foi apontado que nos últimos anos, a formação bruta de capital no Brasil tem apresentado desafios. A taxa de investimento, que mede a proporção do PIB direcionada a investimentos, caiu desde seu pico em 2013, quando alcançou 20,9% do PIB, para um mínimo de 14,6% em 2017, conforme divulgado no estudo.

Segundo dados apresentados pelo IPEA e informados no relatório, o indicador de formação bruta de capital fixo em 2023 estava 17% abaixo da média de 2013. No setor de construção civil, a redução foi de 12,2%. Essa diminuição substancial dos investimentos tem afetado diretamente a infraestrutura do país, resultando em um déficit significativo.

O estudo também informou que, segundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após 2013, houve uma queda expressiva nos investimentos públicos em infraestrutura, não compensada pelo setor privado. Conforme informado na publicação “Livro Azul da Infraestrutura – 2023” da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), entre 2013 e 2023, o investimento público em infraestrutura caiu 45,2%, enquanto o privado cresceu 20,1%. Entre 2019 e 2023, o investimento público cresceu 13,3% e o privado 46,6%, resultando em uma participação do investimento público de apenas 22,4% em 2023.

O relatório apontou que os investimentos totais em infraestrutura, que somaram R$ 227,2 bilhões em 2014, caíram 6,1% até 2023. O estudo informou que segundo estimativas da consultoria Inter.B, espera-se um crescimento de 11% em 2024, com investimentos públicos e privados alcançando R$ 54,04 bilhões e R$ 181,94 bilhões, respectivamente. No entanto, essa previsão ainda coloca o Brasil em desvantagem quando comparado a outros países em desenvolvimento, como mostra o relatório do Banco Mundial, segundo relatado na publicação.

Ainda sobre o relatório, é possível verificar que a série histórica mostra que, em 2013 e 2014, os investimentos em infraestrutura representavam 2,17% e 2,18% do PIB, respectivamente. Em 2023, essa taxa foi de 1,96%, com uma projeção de aumento para 2,12% em 2024. Esses números indicam uma recuperação tímida e insuficiente para cobrir o déficit existente. O relatório aponta que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal é uma tentativa de reverter esse quadro. O estudo informa em sua publicação que o novo PAC prevê investimentos de R$ 240 bilhões nos próximos quatro anos, com o objetivo de triplicar o nível atual.

José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que como especialista em locação de equipamentos para construção civil, é crucial compreender as implicações desta realidade e as perspectivas futuras. A redução de 12,2% nos investimentos no setor de construção civil é preocupante, pois evidencia uma diminuição na atividade econômica que afeta diretamente a demanda por equipamentos de construção. A queda nos investimentos públicos, não compensada pelo setor privado, também reflete um ambiente de incerteza e volatilidade que influencia as decisões de investimento das empresas. “Para capitalizar sobre estas oportunidades, as empresas de locação de equipamentos devem focar em estratégias de inovação e eficiência operacional. Investir em tecnologia para oferecer equipamentos mais modernos e eficientes, além de soluções de manutenção preditiva, pode diferenciar os serviços oferecidos e aumentar a competitividade”.

A publicação informa ainda que estudos indicam que o estoque de capital em infraestrutura no Brasil deveria ser de 60,4% do PIB, mas em 2021 estava em 37,4%. Esse déficit de 23% está distribuído entre os setores de transportes, energia, saneamento e comunicações. O estudo informou que segundo o Banco Mundial, a insuficiência em infraestrutura custa cerca de 1,4% do PIB anualmente, devido às ineficiências operacionais.

Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que a capacidade de adaptação às novas tecnologias, como a construção modular e o uso de materiais sustentáveis, será essencial para atender às exigências de um mercado em transformação. E é dessa forma que agimos em nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Cidade Industrial, Curitiba.  “A chave para o sucesso estará na capacidade de adaptação e na antecipação das necessidades do mercado, aproveitando o momento de recuperação econômica e o impulso dos investimentos em infraestrutura”.

DINO