Globo realiza primeiro Hackathon de IA com apoio de parceiro

Durante três dias, a cidade cenográfica da Globo recebeu o primeiro Hackathon de IA promovido pela empresa. O evento, parte do Programa Você +IA, simbolizou um marco no processo de transformação digital da organização e colocou em prática um modelo de inovação colaborativa, com apoio de parceiros estratégicos como a Adobe.
Mais do que uma competição, o Hackathon foi estruturado como um exercício de cultura organizacional. Diferentemente do formato tradicional, em que os grupos são definidos previamente, a Globo optou por criar times multidisciplinares formados por colaboradores de diferentes áreas, estimulando a troca de experiências e a construção coletiva.
A grande vitória foi ter definido os grupos na hora. Isso quebrou ciclos repetitivos de premiação dos mesmos times e abriu espaço para novas ideias emergirem, disse Wagner Xavier, gerente de experiência do usuário na Globo. Essa dinâmica mostrou que, ao reunir pessoas de diferentes áreas e níveis de experiência, é possível potencializar o verdadeiro capital humano da empresa. Funcionários que, ao utilizar ferramentas de inteligência artificial, transformam criatividade e diversidade em soluções inovadoras e de impacto real no dia a dia.
Parceira de longa data da Globo, com mais de nove anos de relacionamento institucional, a Adobe participou oferecendo ferramentas como o Adobe Express, Adobe Acrobat Sign e o Adobe PDF Services, além de equipes que atuaram como mentoras durante todo o processo. O apoio foi fundamental para auxiliar os grupos a desenvolver soluções viáveis para desafios reais da empresa, que iam de finanças a segurança da informação.
Um exemplo foi a solução apresentada pelo grupo pIAf, terceiro colocado, que utilizou o Adobe PDF Services para estruturar informações de arquivos em diferentes formatos. Nosso maior desafio era acessar e organizar um volume enorme de aprendizados anteriores. Durante o Hackathon, testamos o conector Adobe PDF Services e ficamos impressionados com sua capacidade de extrair e organizar dados complexos de forma estruturada. Essa funcionalidade foi essencial para validar a viabilidade técnica do nosso projeto, conta Camila Lima Teixeira, analista de planejamento financeiro e negócios da Globo.
Outra aplicação foi desenvolvida pelo grupo Adélia, segundo colocado. A IA foi essencial para o nosso projeto. Conseguimos reduzir um processo que antes levaria até 25 dias para ser concluído manualmente a poucos segundos com ferramentas de IA. Os mentores nos ajudaram a refinar ideias, testar soluções e enxergar possibilidades que vão além do próprio Hackathon, diz Vanessa Castelão, desenvolvedora especialista em IA na Globo.
O Hackathon, que teve duração de 36 horas, plantou sementes importantes que já influenciam os planos para futuros eventos voltados à produção de conteúdo e segurança da informação.
Além disso, reforçou a percepção da Adobe como parceira estratégica da Globo em diversas áreas da empresa. Antes associada principalmente à pós-produção e design, a companhia agora é reconhecida também em áreas corporativas, como jurídicas, operações e RH.
A aposta na segurança foi um dos pontos estratégicos do evento. Neste Hackathon de IA, tivemos um compromisso firme com a adoção de inteligência artificial baseada em fundamentos de segurança da informação, privacidade dos dados e conformidade regulatória. A Adobe, reconhecida globalmente por suas soluções, especialmente em relação à segurança de dados e propriedade intelectual, oferece à Globo um ambiente confiável para experimentar e implementar tecnologias inovadoras com responsabilidade e ética, alinhadas à LGPD, diz Rodrigo Arndt, Diretor Comercial Enterprise Digital Mídia da Adobe no Brasil.
Os projetos vencedores seguem agora para uma nova etapa de implementação, com a previsão de que até o fim do ano sejam aplicados nos processos diários da empresa.
O Hackathon marcou o início de uma jornada de aprendizagem e experimentação, em que a inteligência artificial passa a ser vista como aliada tanto em áreas criativas quanto corporativas. E também reforçou que inovação, para fazer sentido, precisa ser construída com propósito, segurança e visão de futuro.