A Grande Revolução da Paternidade: Presença Emocional é Mais Importante que a Perfeição

Com a chegada do Dia dos Pais, em 10 de agosto, a data convida a uma reflexão profunda sobre o impacto da figura paterna no desenvolvimento emocional das crianças. Dados alarmantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que mais de 96 mil crianças nascidas em 2023 no Brasil não têm o nome do pai no registro civil. Além disso, cresce o número de pais que, mesmo presentes fisicamente, estão emocionalmente ausentes, falhando em estabelecer vínculos afetivos reais com seus filhos.
Para o psicólogo clínico Luti Christóforo, o papel do pai é essencial na formação emocional, psicológica e social dos filhos. “Durante muito tempo, ser pai significava ser forte, silencioso e provedor. Muitos homens cresceram ouvindo que demonstrar sentimentos era sinal de fraqueza”, explica. “O resultado disso foi uma geração de pais emocionalmente distantes, que acreditavam estar cumprindo seu papel apenas com trabalho e proteção material. Mas hoje, sabemos que os filhos não precisam do pai perfeito — eles precisam do pai presente.”
CONEXÃO VERDADEIRA: O PAI POSSÍVEL
Neste Dia dos Pais, o que deve ser celebrado é o pai possível, aquele que se esforça para estar emocionalmente disponível dentro de sua realidade. “O pai que escuta, que tenta nomear o que sente, que se coloca ao lado dos filhos com honestidade, vulnerabilidade e amor”, ressalta Luti Christóforo.
Para o psicólogo, falar sobre emoções não diminui a autoridade paterna, mas, ao contrário, fortalece os vínculos. “Quando um pai reconhece que sente medo, tristeza, frustração ou até raiva, ele ensina aos filhos uma lição poderosa: sentir é humano, e expressar o que sentimos é uma ponte para o diálogo, e não um sinal de fraqueza”, destaca. Ele conclui: “A grande revolução da paternidade hoje não está em fazer mais, mas em sentir junto, em escutar de verdade, em se permitir ser um ser humano em evolução.”
TEMPO DE QUALIDADE E COMPROMISSO EMOCIONAL
Luti Christóforo enfatiza que estar presente vai muito além da simples presença física. “Tempo de qualidade é aquele em que há troca real, afeto verdadeiro, atenção plena”, afirma. “Brincar com o filho, conversar com ele, perguntar como ele está se sentindo, ouvir sem julgamento — tudo isso constrói memórias afetivas e fortalece a confiança mútua. Os filhos não lembram dos presentes caros, mas jamais esquecem os momentos em que foram ouvidos, abraçados e respeitados.”
O compromisso emocional do pai, segundo Luti, deve ser preservado independentemente da estrutura familiar. “Quando há respeito e comunicação, mesmo em contextos de separação, os filhos crescem com segurança, sabendo que o amor e o cuidado paterno continuam inabaláveis”, diz. “O que os filhos mais precisam não é de perfeição, mas de presença emocional, com escuta, afeto e disponibilidade verdadeira.”
Serviço:
- Luti Christóforo
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