Por que é tão difícil começar a Terapia

E vale a pena tentar?
Iniciar a terapia é um desafio para muitas pessoas, mesmo aquelas que reconhecem a necessidade de ajuda psicológica. O estigma social, o medo de enfrentar questões internas e a falta de informação sobre o processo terapêutico são alguns dos principais fatores que dificultam essa decisão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum transtorno mental, mas a maioria não busca tratamento. No Brasil, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que apenas 17% das pessoas com depressão fazem terapia regularmente. Esse cenário evidencia como barreiras psicológicas e sociais afastam muitos indivíduos de um cuidado essencial.
Segundo o psicólogo Luti Christóforo, a resistência à terapia muitas vezes está associada ao medo do desconhecido. “Muitas pessoas evitam a terapia porque não sabem o que esperar do processo ou acreditam que vão se expor de maneira desconfortável. Além disso, há o receio de encarar traumas ou padrões de comportamento que preferem ignorar”, explica. Estudos da American Psychological Association (APA) mostram que a tendência de evitar situações que provocam desconforto emocional é comum, mas essa evitação pode reforçar o sofrimento psicológico e prolongar problemas como ansiedade e depressão.
Outro fator que contribui para a relutância em iniciar a terapia é o receio de que a ajuda só seja necessária em momentos críticos. No entanto, a terapia não se destina apenas ao tratamento de transtornos mentais severos. Dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH) indicam que a terapia também é altamente eficaz na melhoria do bem-estar geral, ajudando os indivíduos a lidarem com o estresse, a desenvolverem o autoconhecimento e a promoverem o desenvolvimento pessoal. “A terapia pode ser útil para qualquer pessoa que deseje melhorar sua qualidade de vida, e não apenas para quem está em crise”, destaca Christóforo.
Além dos benefícios emocionais, há impactos positivos na vida profissional e social. Um levantamento da Harvard Business Review mostrou que funcionários que frequentam a terapia regularmente apresentam níveis mais elevados de produtividade, engajamento e satisfação no trabalho. Empresas que incentivam a saúde mental de seus colaboradores, inclusive por meio de programas de suporte psicológico, registram até 30% de redução no absenteísmo, segundo o relatório Workplace Mental Health da Deloitte. “Buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas um investimento em si mesmo. Pessoas que fazem terapia aprendem a lidar melhor com desafios, aprimoram seus relacionamentos e desenvolvem maior resiliência emocional”, complementa Christóforo.
Diante desses dados, fica evidente que, apesar dos desafios iniciais, começar a terapia é uma decisão transformadora. Superar o medo e a resistência pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada e satisfatória. Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, cuidar da saúde mental não deve ser visto como um luxo, mas sim como uma necessidade fundamental. Como ressalta Christóforo, “a terapia é um espaço seguro para se fortalecer, compreender a si mesmo e construir um futuro mais saudável e produtivo.”
Serviço: Luti Christóforo – Psicólogo Clínico
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