Com compensação de emissões, financiamento de veículos avança rumo à sustentabilidade

Com compensação de emissões, financiamento de veículos avança rumo à sustentabilidade

O setor automotivo está entre os principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa no mundo. Projetos urbanos de mobilidade sustentável e o investimento das montadoras em veículos elétricos mostram que a indústria começa a reagir às mudanças climáticas e precisa agir antes que seja tarde. No Brasil, 46% dos veículos financiados em 2024 foram adquiridos por meio de crédito — um setor que envolve instituições financeiras, Detrans e registradoras de contrato. No entanto, pouco se discute sobre o impacto ambiental dessa atividade e as iniciativas para mitigá-lo.

Dos contratos em papel que levavam até 15 dias para ficar prontos aos processos 100% digitais disponíveis atualmente em todos os Detrans do país, o financiamento de veículos caminha, pouco a pouco, rumo a uma economia mais sustentável. Antes dos contratos digitais de financiamento de veículos, cuja implementação começou a ser feita no Brasil em 2002, clientes e transportadoras precisavam percorrer grandes distâncias para formalizar contratos, gerando um consumo elevado de combustível e emissões de poluentes. “Atualmente, a transação on-line é realizada em minutos, eliminando deslocamentos desnecessários e reduzindo significativamente as emissões de carbono associadas ao transporte”, explica Renata Herani, diretora de Relações Institucionais e Comunicação da Tecnobank, empresa pioneira na digitalização desses contratos.

Além dos deslocamentos, o consumo de papel  também era expressivo. Dependendo da instituição financeira, cada contrato podia ter de 3 a 18 páginas. “Com milhares de contratos formalizados diariamente, o impacto ambiental desse volume era significativo”, destaca  Renata. Com a adesão crescente aos registros digitais, toneladas de papel deixaram de ser consumidas, reduzindo a pegada de carbono do setor. 

Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, foram financiados mais de 20 milhões de veículos no Brasil. De acordo com a consultora ambiental e engenheira industrial madeireira, Anna Caroline de Souza, a impressão de 200 milhões de páginas – quantidade que seria necessária antes dos contratos digitais – poderia emitir cerca de 600 toneladas de CO₂ apenas pelo uso do papel – o equivalente aproximadamente às emissões de 312 carros movidos a gasolina rodando por um ano inteiro. “Seriam necessárias mais de 11 milhões de árvores para absorver essa quantidade de CO₂”, calcula. E isso sem considerar os impactos ambientais do transporte, impressão, consumo de energia e descarte de resíduos.

Reduzir papel não basta

De acordo com a diretora da Tecnobank, a digitalização dos contratos representou uma revolução no mercado de financiamento de veículos, não apenas do ponto de vista de sustentabilidade ambiental, mas também trouxe eficiência ao setor, reduzindo o tempo e a burocracia do processo. “Porém, o que pouca gente sabe é que a tecnologia também tem impacto no meio ambiente, com o consumo energético, uso de equipamentos e geração de resíduos”, lembra Renata. Por isso, a empresa foi em busca de formas de compensar a emissão de gases poluentes e, com a consultoria da Carbon Free, tornou-se a primeira registradora carbono neutro do Brasil.

“Como a operação não consegue eliminar totalmente as emissões, a empresa investe em projetos que removem ou evitam a liberação de carbono na atmosfera, como programas de reflorestamento e conservação”, explica a diretora. Segundo ela, todos os colaboradores são incentivados a adotarem práticas mais sustentáveis, como o consumo consciente de recursos e a redução de resíduos. O contato com a natureza também faz parte do programa de ESG da empresa. “Nossos colaboradores são convidados a participar dos programas da Carbon Free de plantio de árvores e, ao colocar as mãos na terra, sentem-se partes importantes nessa luta contra o aquecimento global”, ressalta a diretora.

O movimento em direção a um modelo de negócios fortemente baseado em práticas ESG não é novidade na Tecnobank, mas vem ganhando força conforme a companhia adapta suas operações a essas práticas. “Instituímos, há algum tempo, uma agenda interna voltada à sustentabilidade. Esse projeto inclui a nomeação de um comitê de embaixadores que trabalhará o tema com suas equipes ao longo do ano, reforçando o compromisso da empresa com práticas ambientais responsáveis e a busca contínua por inovação sustentável”, explica Renata.

Para o professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP), Alysson Diógenes, iniciativas como essa contribuem para a conservação de florestas, a economia de água e energia, além da redução  das emissões de carbono. “A transformação do setor automotivo e financeiro mostra como a sustentabilidade e a eficiência podem caminhar juntas, promovendo um futuro mais e responsável”, finaliza.

Sobre a Tecnobank

A Tecnobank é uma empresa brasileira de tecnologia que atua no registro de contratos de financiamentos de veículos e na recuperação de garantias. Pioneira e líder de mercado, a companhia foi fundada em 2007 e tem sede em São Paulo (SP), mas atua nos 15 estados brasileiros onde é homologada pelos órgãos executivos de trânsito (Detrans). Com o objetivo de aumentar a confiabilidade e a agilidade nas operações, a Tecnobank possui programas rigorosos de Compliance, Segurança da Informação e Privacidade & Proteção de Dados, sendo certificada com as ISOs 27001, ISO 27701, ISO 37001 e ISO 37301. Outra prioridade da Tecnobank é o bem-estar, a saúde e a segurança de seus colaboradores, o que lhe rendeu quatro prêmios de melhor empresa para trabalhar e o quarto selo consecutivo do Great Place to Work (GPTW). Com equipe altamente qualificada e sistemas de cibersegurança avançados, a Tecnobank emprega inovação tecnológica para estabelecer um padrão de excelência no setor de financiamento de veículos.

Redação

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