Gleisi Hoffmann propõe projeto de lei para restringir clubes de tiro
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou um Projeto de Lei com o objetivo de proibir a instalação e o funcionamento de entidades de tiro, excluindo aquelas que congregam atiradores de nível desportivo olímpico. Além disso, a proposta visa cancelar todos os registros de colecionadores e atiradores que não possuam nível olímpico e caçadores (CACs).
O contexto que motivou esta iniciativa foi a política armamentista implantada no país, que resultou em um significativo aumento no número de membros da categoria dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), passando de 117,5 mil em 2019 para 783,4 mil em dezembro de 2022. Durante esse mesmo período, observou-se um aumento alarmante de 1.200% na participação dos CACs nas ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha, especialmente entre os atiradores.
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“Não há sentido a manutenção dos clubes de tiro, assim como a atividade da caça desportiva e o colecionamento de armas, fonte de suprimento para o crime”, pontua Gleisi. “Atualmente, a quantidade de CACs no país é maior do que os efetivos das Forças Armadas e das Polícias Militares somados, enquanto os clubes de tiro viraram locus de violência”, acrescentou a deputada na justificativa do projeto de lei (PL 682/2024).
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De acordo com relatório elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), 5.235 condenados pela Justiça conseguiram obter, renovar ou manter seus certificados de registro de arma de 2019 a 2022.
“Em razão disso, o nosso projeto de lei não só proíbe a instalação e o funcionamento de entidades de tiro, excetuando aquelas que congreguem atiradores desportivos de nível olímpico como, também, cancela todos os registros de colecionadores, atiradores que não sejam de nível olímpico e caçadores”, enfatizou Gleisi.