Em 21 dias, salve-se quem puder: possibilidade de abandono em massa do PL gera apreensão no cenário político
A oportunidade de mudança de legenda estará disponível de 7 de março a 5 de abril, marcando o encerramento do prazo legal de filiação, um requisito essencial para aqueles que planejam concorrer nas Eleições Municipais de 2024. A “janela partidária” é uma prática habitual em anos eleitorais, iniciando-se seis meses antes do pleito.
No entanto, o Partido Liberal (PL), que anteriormente alimentava expectativas de conquistar amplo apoio e eleger diversos prefeitos e vereadores em todo o país, encontra-se agora diante de uma crise iminente. O escândalo envolvendo o líder do partido, Valdemar da Costa Neto, recentemente preso, abala profundamente sua estrutura.
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As acusações contra Valdemar incluem posse ilegal de armas e suspeitas de manter em seu poder uma quantia de ouro de garimpo que supostamente pertence à União. Além disso, durante a busca na sede do partido, foram encontradas evidências de uma minuta de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
Nesse contexto, a legenda enfrenta a possibilidade de esvaziamento nos próximos dias, à medida que filiados e potenciais candidatos reavaliem sua afiliação em busca de uma alternativa mais sólida e ética. O desdobramento desse escândalo certamente terá repercussões significativas no cenário político, redefinindo alianças e moldando as expectativas para as eleições.
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A situação se complica ainda mais com gravações que podem implicar o ex-presidente Bolsonaro em um ato golpista. Michelli Bolsonaro, que cogitava ser senadora pelo Paraná caso Moro perca o mandato, está pronta para deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos. Não há garantias de que Michelli possa retornar ao Brasil caso a situação se agrave para seu marido, Jair Messias Bolsonaro. Esse panorama incerto aumenta ainda mais a possibilidade de um esvaziamento do PL em todo o Brasil.