Ricardo Barros: Entre tapas e beijos com o PT

Ricardo Barros: Entre tapas e beijos com o PT

No cenário político de Maringá, o secretário do governador Ratinho Junior, Ricardo Barros, do Partido Progressista (PP), encontra-se em uma posição delicada, buscando desesperadamente uma aproximação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma reviravolta surpreendente, Barros, que anteriormente abraçou o bolsonarismo para assumir a liderança do governo e garantir sua reeleição como deputado federal, agora busca uma nova aliança política.

Ao longo dos últimos tempos, temos testemunhado uma série de gestos por parte de Barros, incluindo elogios ao governo federal e até mesmo o apelo pelo voto em favor do senador eleito Flávio Dino, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), visando sua nomeação como ministro do Supremo Tribunal Federal. Essa mudança de postura busca, acima de tudo, apagar da memória política sua passagem como ministro da Saúde, marcada pelo seu envolvimento em meio aos 80 indiciados pela CPI da Pandemia.

O político, que anteriormente se destacou como defensor ferrenho do presidente Jair Bolsonaro durante sua liderança na Câmara Federal, agora enfrenta o desafio de fazer com que a cúpula petista esqueça esse capítulo de sua trajetória política. Até mesmo o líder da bancada federal do Partido dos Trabalhadores, Zeca Dirceu, compareceu à comemoração de seu aniversário no final do ano passado, indicando uma possível abertura para uma reconciliação política.

Zeca Dirceu prestigia ‘niver’ de Barros, mas ambos querem a vaga de Moro

É evidente que Ricardo Barros está adotando uma estratégia política, buscando velhas alianças e tentando construir uma imagem mais conciliatória diante de uma mudança de cenário político. Resta saber se essa tentativa de se distanciar de seu passado recente e se reaproximar da cúpula petista será bem-sucedida, ou se enfrentará desafios consideráveis para convencer seus novos aliados de sua genuinidade e compromisso com uma nova agenda política.

Será possível que Lula apareça no horário eleitoral de Silvio Barros caso realmente concretize sua candidatura para prefeito em Maringá?

Pelo jeito, a música de Leonardo “Entre Tapas e Beijos’ poderia ser usada como trilha sonora para contar a história de Ricardo nos governos de FHC, Lula, Dilma, Michel Temer e Bolsonaro.

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