Tecnologia auxilia em cirurgia geral e do aparelho digestivo

Tecnologia auxilia em cirurgia geral e do aparelho digestivo

A cirurgia geral e do aparelho digestivo são  especialidades médicas essenciais para o tratamento de diversas condições que afetam órgãos como estômago, intestinos, fígado, pâncreas e vesícula. No Brasil, doenças como obesidade, cálculos biliares, tumores do aparelho digestivo e hérnias estão entre as mais frequentes, demandando intervenções cirúrgicas precisas e menos invasivas.

Para se ter uma ideia, as hérnias da parede abdominal chegam a afetar entre 20% e 25% da população adulta do país, o equivalente a cerca de 28 milhões de brasileiros, conforme estimativa publicada pela SBH (Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal)

Paralelamente, o número de pessoas com cálculos biliares cresce globalmente . De acordo com a pesquisa “Epidemiologia global de cálculos biliares no século XXI: uma revisão sistemática e meta-análise”, publicada pelo Cgh Journal, 6% da população mundial tem cálculos biliares. 

Segundo o Dr. Bruno Venna, cirurgião especialista, “a evolução tecnológica, especialmente a cirurgia robótica, tem revolucionado o tratamento dessas condições, oferecendo maior precisão e recuperação mais rápida aos pacientes”.

Condições mais frequentes no aparelho digestivo

De acordo com Dr. Bruno Venna, as patologias mais comuns tratadas pela cirurgia do aparelho digestivo incluem:

  • Hérnias (inguinal, umbilical e diástase abdominal);
  • Cálculos biliares (pedras na vesícula);
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Doenças orificiais (hemorróidas e fissuras);
  • Tumores (cólon, pâncreas, estômago);
  • E obesidade.

A obesidade, em particular, é uma condição que tem ganhado destaque no Brasil e no mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde a serem enfrentados, conforme publicação da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

De acordo com a estimativa, 2,3 bilhões de adultos devem estar acima do peso em 2025 em todo o mundo. Destes, 700 milhões de pessoas têm obesidade, com um IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30.

Em uma publicação recente, a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica) destaca que o diagnóstico da obesidade deixará de ser baseado apenas no Índice de Massa Corporal (IMC) a partir deste ano. “Novos parâmetros, como a circunferência abdominal e a gordura corporal, permitirão uma avaliação mais completa e personalizada do paciente”, explica Dr. Bruno Venna.

A revolução da cirurgia robótica

Dr. Bruno Venna ressalta que a tecnologia robótica tem se destacado como uma aliada fundamental nas cirurgias do aparelho digestivo. “Ela oferece maior precisão, destreza e ergonomia para o cirurgião, além de resultar em incisões menores e menos dor pós-operatória para o paciente”, afirma o especialista. Em procedimentos complexos, como cirurgias oncológicas ou bariátricas, a robótica permite maior controle e resultados mais eficazes.

Na visão do médico, outra vantagem é a acessibilidade crescente dessa tecnologia. “Muitos hospitais já não cobram custos adicionais pelo uso da plataforma robótica, o que democratiza o acesso a técnicas avançadas”, complementa.

Benefícios das intervenções menos invasivas

Dr. Bruno Venna relata que as técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e a robótica, têm transformado a recuperação dos pacientes. “Elas geram menor trauma cirúrgico, cicatrizes reduzidas e permitem que o trato gastrointestinal retome seu funcionamento mais rapidamente”, explica o cirurgião.

A título de exemplo, ele destaca que cirurgias de hérnia, vesícula e hemorróidas podem ter alta no mesmo dia, enquanto as bariátricas costumam exigir apenas 24 horas de internação.

Cuidados pós-operatórios e prevenção de infecções

O pós-operatório em cirurgias do aparelho digestivo varia conforme o procedimento, mas alguns cuidados são universais. “A reintrodução precoce da dieta, o estímulo à deambulação e o uso adequado de medicamentos são fundamentais para uma recuperação eficaz”, destaca Dr. Bruno Venna.

“Além disso”, emenda, “a prevenção de infecções envolve medidas como a escolha correta de antibióticos, antissepsia pré-operatória e técnicas de sutura adequadas”.

O futuro da cirurgia do aparelho digestivo

A especialidade continua a evoluir, com foco em técnicas menos invasivas, tratamentos personalizados e a incorporação de novas tecnologias, diz Dr. Bruno Venna.

“A cirurgia robótica e os novos parâmetros para diagnóstico da obesidade são exemplos de como a medicina está se adaptando para oferecer cuidados mais eficientes e humanizados”, finaliza.

Sobre o Dr. Bruno Venna

O Dr. Bruno Venna é especialista em cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia robótica. Possui formação em cirurgia robótica pelo LEPIH (Hospital das Clínicas da USP).

Atualmente, o médico atua em diversos hospitais em São Paulo (SP), sendo chefe de equipe em quatro unidades da Rede D’Or. É cirurgião titular autônomo do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Associação Médica da instituição. Além disso, possui consultório no Hospital Vila Nova Star.

Para mais informações, basta acessar: https://brunovenna.com.br

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