Migração para nuvem requer planejamento, mas há soluções

Migração para nuvem requer planejamento, mas há soluções

A migração para a nuvem tem se tornado um passo fundamental para empresas que buscam escalabilidade e redução de custos. Segundo um relatório da IDC, os gastos mundiais com serviços de nuvem pública devem chegar a US$ 805 bilhões em 2024, com a expectativa de dobrar até 2028. No Brasil, essa tendência é impulsionada pela transformação digital e pela necessidade de otimização operacional.

Com o crescimento acelerado do mercado de computação em nuvem, muitas empresas têm explorado essa alternativa para otimizar suas operações. No entanto, essa transição exige planejamento estratégico para garantir eficiência e segurança.

Benefícios da nuvem para empresas

Segundo Peter Jilinski, diretor de projetos da Serverspace, a migração para a nuvem não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para empresas que buscam escalabilidade e eficiência operacional. Além disso, ele destaca que a migração reduz custos relacionados à aquisição e manutenção de infraestrutura física, e que o modelo pay-as-you-go permite que as empresas paguem apenas pelos recursos utilizados, garantindo maior eficiência financeira.

Considerações essenciais para a migração

A confiabilidade é outro fator relevante. Segundo um relatório da Accenture, provedores de nuvem garantem alta disponibilidade e ferramentas eficazes para resposta a incidentes, mitigação de falhas e recuperação de desastres. A infraestrutura também favorece a adoção rápida de novas tecnologias sem necessidade de grandes investimentos em hardware.

Outro diferencial é a mobilidade. Dados e aplicativos hospedados na nuvem podem ser acessados de qualquer local, possibilitando maior flexibilidade para equipes remotas e permitindo maior integração entre unidades de negócios.

Considerações essenciais para a migração

A migração para a nuvem exige planejamento estratégico e avaliação de riscos. O consultor de transformação digital da Serverspace, Diego Ferraz, listou os principais aspectos que devem ser considerados:

  • Planejamento de objetivos e custos: um projeto bem estruturado deve levar em conta a expansão futura da infraestrutura. Sem um planejamento adequado, as empresas podem enfrentar custos adicionais e dificuldades operacionais durante a transição para a nuvem.
  • Escolha do provedor de nuvem: cada fornecedor possui um modelo de precificação, um nível de segurança e um desempenho diferente. Avaliar aspectos como suporte técnico, localização dos data centers e ferramentas de automação é essencial.
  • Segurança e conformidade: no Brasil, a conformidade com a LGPD exige que empresas implementem medidas para garantir o armazenamento e processamento seguro dos dados.

Diego também destaca que empresas que necessitam de suporte contínuo e baixa latência devem avaliar provedores de nuvem que atendam a esses requisitos, incluindo aqueles com infraestrutura otimizada para desempenho e estabilidade.

Além disso, ele ressalta que é essencial verificar se o provedor possui certificações relevantes para proteção de dados e segurança da informação, como a ISO 27001, SOC 2. Testar a integração dos serviços antes da migração ajuda a evitar problemas de desempenho.

Desafios na adoção da nuvem

Segundo Diego Ferraz, a transição para a nuvem pode apresentar desafios operacionais que precisam ser antecipados:

  • Administração da infraestrutura: empresas sem experiência na gestão de ambientes em nuvem podem enfrentar dificuldades técnicas. Provedores que oferecem serviços gerenciados podem auxiliar na gestão e manutenção da infraestrutura.
  • Integração com sistemas legados: algumas infraestruturas antigas podem exigir ajustes para compatibilidade com ambientes de nuvem modernos.
  • Segurança cibernética: falhas na configuração da infraestrutura em nuvem podem comprometer a segurança dos dados, tornando essencial a adoção de boas práticas de gestão e monitoramento. Conforme apontado pela CISCO (Cisco & Distrito, 2024), implementar monitoramento contínuo e autenticação multifator minimiza riscos.

Setores que mais adotam computação em nuvem

Peter Jilinski também acrescenta que a migração para a nuvem é vantajosa para empresas de diversos setores, especialmente para aquelas que dependem de tecnologia para operar. Alguns dos segmentos que mais adotam soluções em nuvem no Brasil incluem:

  • Startups e empresas de tecnologia: buscam escalabilidade e inovação contínua.
  • E-commerce e marketplaces: demanda alta disponibilidade para processamento de pedidos e gestão de estoque.
  • Mídia e entretenimento: utilizam a nuvem para armazenamento e distribuição de conteúdo digital em grande escala.
  • Educação e EdTech: instituições de ensino digital dependem da nuvem para fornecer materiais e interações remotas.

A migração para a nuvem oferece redução de custos, segurança aprimorada e maior escalabilidade, tornando-se uma estratégia essencial para empresas que buscam eficiência e inovação. De acordo com a PwC, o avanço tecnológico e a necessidade de atender às normas do setor tornam a migração para a nuvem um fator estratégico para muitas empresas. Segundo Peter Jilinski, a adoção de soluções em nuvem vem sendo considerada por muitas empresas como parte de sua estratégia para otimizar processos e acompanhar as tendências do setor.

DINO