Tecnologias que transformam a gestão de fundos com a CVM 175

A Resolução 175, publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estabelece um novo patamar de modernização e transparência para a gestão de fundos de investimento no Brasil. Com essa regulamentação, gestores de fundos enfrentam o desafio de adotar tecnologias avançadas para assegurar conformidade regulatória, melhorar a eficiência operacional e fortalecer a governança e a gestão de riscos.  Nesse sentido, essas mudanças exigem uma revisão cuidadosa das ferramentas e sistemas utilizados pelas gestoras.

“A Resolução CVM 175 não é apenas uma atualização regulatória, mas uma oportunidade para que as gestoras de fundos revisem e aprimorem seus processos, especialmente no que diz respeito ao uso de tecnologia”, afirma Marcelo Castro, especialista em legislação de pagamentos e executivo de vendas da TQI – Tecnologia, Qualidade e Inovação, empresa que atua há mais de 30 anos no mercado. “Adotar as tecnologias certas pode ser um diferencial competitivo, garantindo não apenas a conformidade, mas também um desempenho superior no mercado”.

Sistemas de gestão de dados: pilar fundamental da conformidade

Um dos principais requisitos da CVM 175 é a manutenção de registros detalhados e precisos de todas as transações e ativos sob gestão. Para isso, Castro aponta a necessidade de se investir em sistemas robustos de gestão de dados. “Esses sistemas devem oferecer armazenamento seguro, monitoramento em tempo real das transações e capacidade de integração com outras plataformas, como as de custódia e auditoria”, explica.

Compliance automatizado: reduzindo a complexidade regulatória

Com o aumento das obrigações regulatórias, a automação dos processos de compliance se torna essencial. “Ferramentas que geram relatórios automáticos para a CVM e outras autoridades são vitais para as gestoras, permitindo que se concentrem na estratégia de investimento em vez de se preocuparem com detalhes burocráticos”, comenta.

Blockchain: o futuro da gestão de fundos

O blockchain é outra tecnologia que promete revolucionar a gestão de fundos, de acordo com o especialista da TQI. “A imutabilidade dos registros e a possibilidade de automatizar contratos via smart contracts oferecem segurança e eficiência que podem transformar a maneira como os fundos são administrados”, afirma.

Integração de sistemas: garantindo a eficiência operacional

A gestão de fundos exige a integração de múltiplos sistemas, e essa integração deve ser feita de forma eficiente. “Isso inclui o desenvolvimento de APIs robustas e o uso de plataformas de middleware para orquestrar dados de diversas fontes e garantir a continuidade dos processos”, orienta.

Análise de dados e IA: transformando dados em decisões estratégicas

Com o aumento exponencial de dados financeiros, as gestoras precisam de ferramentas avançadas para transformar essas informações em decisões estratégicas. “A análise preditiva, o machine learning e as ferramentas de análise de risco identificam oportunidades de mercado e otimizam a alocação de ativos”, ressalta o especialista da TQI.

Cibersegurança: protegendo investidores e operações

A proteção dos dados é uma prioridade máxima. “A criptografia avançada, o monitoramento de ameaças em tempo real e os procedimentos eficazes de resposta a incidentes são fundamentais para proteger tanto os investidores quanto as operações dos fundos”, afirma Castro.

Governança e transparência: alinhando-se à CVM 175

Por fim, a governança eficaz torna-se indispensável para atender às exigências da CVM 175. “Tecnologias que suportam a governança corporativa, como plataformas de gestão de reuniões e ferramentas de comunicação transparente, contribuem para que as gestoras cumpram as novas normas e mantenham a confiança dos investidores”, diz o especialista.

Para Castro, a adoção dessas tecnologias não apenas ajudará as gestoras a cumprirem as exigências da Resolução CVM 175, mas também a alcançarem um novo nível de eficiência, segurança e transparência. “A implementação correta dessas tecnologias garante que as gestoras de fundos estejam prontas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades trazidas por essa nova regulamentação”, finaliza.

DINO