Empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

Empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

Uma pesquisa conduzida pela Amcham Brasil revela que 93% dos líderes empresariais do Brasil estão otimistas em relação ao crescimento das receitas de suas empresas em 2024. Entre eles, quase metade antecipa um aumento superior a 15%. Os resultados deste estudo, baseados em respostas de 775 líderes empresariais, foram apresentados durante um evento da entidade, que contou com a participação de mais de 150 pessoas na sede da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

De acordo com o estudo, empreendedores no Brasil mostram confiança em relação aos desempenhos de suas empresas em 2024. Eles destacam como essenciais para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma tributária e a garantia de segurança jurídica. Chamado de “Plano de Voo Amcham 2024”a pesquisa consultou CEOs, sócios e diretores de empresas de grande e médio porte em todo o território nacional.

Dentre as razões que contribuíram para essa situação favorável, conforme indicado na pesquisa, incluem-se o crescimento das vendas no mercado doméstico (72%), melhoria na capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e aumento da eficiência ou redução de despesas (49%).

Para Cláudio Antônio Brito, CEO da Métodos Master Business, empresa especializada em consultoria empresarial, a espera desse crescimento das vendas no mercado doméstico e a melhoria na capacidade de produção e prestação de serviços está coligado com uma empresa estruturada, com metas alinhadas e planejamento global. 

“Uma empresa bem alinhada, com objetivos bem definidos e estratégias traçadas tem bem mais chances de alcançar o sucesso e prosperar dentro do mercado, do que uma empresa desorganizada, com nenhuma perspectiva externa e sem nenhum conhecimento interno, que está designada a não crescer como deveria”, evidencia Cláudio Antônio Brito. Quando os empresários vem a economia com “olhar positivo”, se arriscam mais em investir e alguns fatores são importantes para que isso ocorra.

Condições Econômicas Favoráveis: Se os empresários estão prevendo um aumentos nas receitas, pode indicar que eles acreditam que as condições econômicas, como o crescimento do PIB, baixo desemprego e aumento do consumo, assim como políticas monetárias estáveis e baixas taxas de juros, criam  uma perspectiva positiva do mercado que também poderá ocorrer de forma favorável no próximo ano.

Confiança do Consumidor: Uma alta confiança do consumidor pode impulsionar gastos como compra de produtos não essenciais e investimentos de longo prazo. Isso é relevante em setores como varejo, lazer, turismo e serviços.  Quando os consumidores estão confiantes em relação a sua situação financeira e ao futuro da economia, eles tendem a gastar mais, gerando aumento nas vendas e nas receitas das empresas.

Investimento e Expansão : Empresários otimistas podem estar planejando investir em seus negócios, expandir operações ou lançar novos produtos ou serviços para capitalizar o crescimento esperado nas receitas.  Podem gerar expansão das instalações, aquisição de novas tecnologias, contratação de pessoal adicional e pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou serviços.  Esses investimentos não apenas impulsionam as operações da empresa, mas também têm efeitos positivos na economia mais ampla, criando novas empresas e estimulando o crescimento econômico e riquezas de cidades, estados e do próprio país.

Inovação e Competitividade : antecipar um aumento nas receitas pode motivar as empresas a inovar e aprimorar seus produtos ou processos, o que irá torná-las mais competitivas no mercado e ajudar a capturar uma parcela maior de receitas em seus setores.  Esse aprimoramento pode envolver o lançamento de novos produtos ou serviços, a melhoria da eficiência operacional ou a adoção de novas tecnologias.

As principais expectativas em relação às ações governamentais para impulsionar a economia, mencionadas na pesquisa, incluem-se a busca pelo equilíbrio fiscal (80%), a implementação das políticas da reforma tributária voltadas ao consumo (62%), além da necessidade de garantir segurança jurídica e reduzir a burocracia (62%).

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