Crescimento de edtechs brasileiras esbarra na expansão do 5G

A expansão de um dos setores mais promissores da TI no Brasil, o das edtechs, especializadas em criar soluções inovadoras para a área da educação, enfrenta um problema: a falta de legislações municipais para o novo modelo de conectividade previsto com a implantação do 5G. É que após a instalação de antenas em todas as capitais brasileiras, a meta é a ativação da rede em cidades com mais de 500 mil habitantes. No entanto, levantamento da Conexis Brasil, que reúne empresas de telecomunicações e de conectividade, mostrou que 10 cidades desse porte não têm leis de antenas preparadas para o 5G. O cenário coloca um freio em um setor que conseguiu responder rapidamente à demanda imposta pela pandemia de covid-19 e mostrou que pode muito mais em um país que ainda registra defasagem no nível de maturidade tecnológica corporativa, especialmente o sistema educacional.

“A velocidade prometida pelas redes 5G tornam os serviços oferecidos pelas edtechs muito mais eficientes. A diferença para o usuário, seja o gestor educacional ou o aluno, está na duração de transferência das informações. Em um mundo cada vez mais digitalizado isso faz toda a diferença”, afirma o diretor de operações da F10, Rafael Moreira. A empresa, especializada em gestão e performance operacional para escolas, projeta crescer 37% nos próximos meses em número de clientes e no faturamento, mas o número, segundo Moreira, poderia ser ainda mais expressivo se o acesso à conexão 5G fosse mais efetivo, especialmente no interior do país.

Após o setor crescer 26% durante o período mais intenso da pandemia, segundo levantamento realizado pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) e pela Abstartup (Associação Brasileira de Startups do Brasil), agora permanece focado em apresentar para as instituições de ensino plataformas que atendam às características da sociedade digitalizada, como ferramentas que englobam sistemas de gestão e de comunicação, tecnologia para atividades em sala de aula e sistema de análise de dados no ensino. “Estamos falando de soluções que dependem da velocidade de conexão. Assim como o mercado teve que compreender a existência de um estudante multimídia, está na hora dos gestores públicos compreenderem a importância da chegada da 5G e promoverem uma expansão rápida e linear”, reflete.

No Brasil, a principal frequência do 5G será com o uso da faixa 3,5 GHz, que já conta com a autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a ativação comercial, mas a efetivação depende, entre outros fatores, de legislações municipais. A meta de atendimento de todas as cidades com mais de 500 mil habitantes foi estabelecida em leilão, mas para atender a próxima etapa as operadoras de rede móvel terão que superar os desafios das instalações.

Sobre a F10 Software
A F10 Software é uma edtech que desenvolve soluções para o setor educacional na área de Tecnologia da Informação. Fundada há 20 anos, tem como objetivo se tornar um centro de excelência em soluções inovadoras na gestão escolar, contribuindo para a transformação digital e para o ecossistema de inovação do setor. Com sede em Curitiba-PR, a empresa tem atuação nacional, atendendo escolas e grupos educacionais em todo o Brasil, por meio de seus softwares e aplicativos. https://www.f10.com.br

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