Eleições 2024: Inicia a temporada nacional da pesca da traíra
Com o início do ano eleitorals, assistimos a uma autêntica pesca às trairas em todo o Brasil. Os pré-candidatos, anteriormente vistos como leais à administração, agora expõem suas reais intenções.
É uma espécie de dança das cadeiras onde a lealdade parece tão sólida quanto um castelo de areia em meio à maré eleitoral.
Aqueles que foram dispensados podem se ver questionando se a lealdade é uma qualidade ultrapassada na política contemporânea. Enquanto isso, os que permanecem na corrida eleitoral exigem cada vez mais para continuarem a lamber as botas do poder, demonstrando pouco interesse pelo que ocorreu nos últimos quatro anos.
Até as convenções partidárias, prefeitos de todo o Brasil estão prestes a fazer suas escolhas, possivelmente surpreendendo-se com o tamanho das trairas que, por muito tempo, alimentaram. Quem imaginaria que a política brasileira se assemelharia a um curioso pesque e pague, onde os peixes não apenas são soltos, mas também retornam para morder a isca mais uma vez?
Nesse período eleitoral, é um desafio discernir quem é o pescador e quem é a traira, pois a linha entre o político e o oportunista parece mais intricada do que uma rede de pesca esquecida no fundo do rio. Que se iniciem os jogos, ou melhor, as pescarias eleitorais, onde a única certeza é que, no desfecho, alguém inevitavelmente será mordido pela própria traira que alimentou por tanto tempo.