“Os justiceiros da República de Curitiba não estão acima da lei brasileira”, afirma deputado Arilson
As decisões ilegais que marcaram a Operação Lava-Jato na 13ª Vara Federal, de Curitiba, sob o comando do ex-juiz Sergio Moro e também do ex-procurador, Deltan Dallagnol, cassado na semana passada por unanimidade pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Lei da Ficha Limpa, foram relembradas pelo deputado Arilson Chiorato (PT) nesta quarta-feira (24/05) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
“Os justiceiros da República de Curitiba não estão acima da lei brasileira. É isso que aconteceu, quando os ministros do TSE cassaram o mandato de Deltan Dallagnol. Todos sabem que a Operação Lava-Jato foi conduzida por um juiz parcial, que combinava pelo Telegram, a sentença com o procurador. Juntos, eles mancharam, acusaram e condenaram publicamente muitas pessoas, mas, em muitos casos, não provaram. Substituíram provas por simples convicção, que ganhava forma em apresentação de PowerPoint”, criticou.
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Moro, aliado de Deltan, foi considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal e suas decisões foram anuladas. “O que está acontecendo hoje, com os dois justiceiros, é fruto do que plantaram, de suas ilegalidades. Juntos, os dois cabeças da Operação Lava-Jato, tinham interesses políticos com suas ações. Tanto é que o ex-procurador se elegeu deputado federal e o ex-juiz, senador. Fizeram da Justiça palanque. Num país com leis mais firmes, teríam outro resultado, e não seria a candidatura política, mas, sim, cadeia, para ambos”, pontuou.
O vice-líder da Oposição também chamou atenção para o esvaziamento dos atos em favor do ex-procurador, que ao promover ação em Curitiba contra a decisão do TSE se deparou com ruas vazias. “As pessoas acordaram e enxergaram os desmandos da Justiça sob o comando de Deltan Dallagnol e do ex-juiz, Sergio Moro. Tanto é que eu não vi os deputados da base do Deltan Dellagnol defendendo suas atitudes ilegais, como escuta, sem autorização judicial, no próprio Ministério Público. Também não vi nenhum parlamentar defender quando ele se apropriou de diárias do Ministério Público, para fazer política”.
“Assim como não vi nenhum parlamentar defender os processos que ele responde por vazar informações para a impressa, com o objetivo claro de interferir no resultado eleitoral. Deltan Dellagnol pediu exoneração por não ter coragem de encarar o processo e para escapar da Ficha Limpa. A lei, de verdade, é para todos. Diferente da lei aplicada pela República de Curitiba, que era enviesada na parcialidade e em convicção”.