Samu do Litoral do Paraná: Uma Regulação que coloca vidas em risco?
 
					Até 30 de setembro de 2025, a regulação do Samu que atende as sete cidades do Litoral do Paraná – Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaratuba, Guaraqueçaba, Matinhos e Pontal do Paraná – funcionava de forma centralizada em Paranaguá. Esse modelo permitia agilidade no atendimento e aproveitava o conhecimento local dos atendentes, garantindo respostas rápidas em situações de emergência.
No entanto, a partir de 1º de outubro de 2025, por determinação do Governo do Estado, conduzida pelo secretário estadual de saúde Beto Preto, a regulação passou a ser feita a partir de Curitiba, que atualmente atende 45 municípios. O resultado é dramático: as chamadas para o número 192 estão demorando mais de uma hora para serem atendidas e, em diversos casos, as equipes sequer chegam ao local.
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É importante esclarecer que a culpa não é das equipes do Samu instaladas nas cidades do Litoral. Elas continuam preparadas e prontas para atuar. O problema está na centralização do atendimento em Curitiba, que, na prática, se mostra incapaz de gerenciar de forma eficiente emergências em regiões tão distantes.
A nota oficial da Secretaria de Estado da Saúde afirma que “a integração direta com a rede hospitalar da capital e a remoção da Central de Leitos do Estado como etapa obrigatória aumentam a rapidez na resposta em situação de emergência”. Na prática, porém, essa mudança não trouxe melhoria alguma.
Com a temporada de verão se aproximando e praias lotadas durante o Verão Maior 2026, a situação se torna ainda mais preocupante. O risco de colapso no atendimento de urgência é real, e vidas podem ser colocadas em perigo por uma decisão administrativa que parece ignorar a realidade do Litoral do Paraná.

 
			 
			 
			 
			 
			