Brasil precisa avançar rumo à eficiência energética
Brasil precisa avançar rumo à eficiência energética
Por Fábio Moro, Diretor Comercial e Marketing da NHS
A eficiência energética é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável e econômico do Brasil. Nos últimos anos, o país tem registrado avanços significativos nesse campo, mas ainda há um vasto potencial a ser explorado para otimizar o uso de energia e reduzir desperdícios.
Panorama atual da eficiência energética no Brasil
De acordo com o “Atlas de Eficiência Energética Brasil 2023”, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil apresentou uma economia de energia que correspondeu a 4,35% do consumo total em 2022. Esse resultado é fruto de iniciativas como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que promove o uso eficiente da energia elétrica e combate ao desperdício.
No setor industrial, que representa cerca de 32,3% do consumo final de energia no país, a adoção de medidas de eficiência energética pode resultar em uma economia de R$ 10 bilhões até 2050, além da redução de aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de CO₂ equivalente no mesmo período. Esses dados foram apresentados pelo Programa PotencializEE, uma iniciativa que apoia pequenas e médias indústrias na implementação de práticas mais eficientes.
Desafios e oportunidades
Apesar dos progressos, a eficiência energética no Brasil enfrenta desafios, como a necessidade de políticas públicas mais integradas e a ampliação de investimentos em tecnologias avançadas. Uma análise histórica indica que as iniciativas locais muitas vezes carecem de uma visão de longo prazo, sendo executadas de maneira reativa para abordar problemas pontuais de escassez de energia, com foco majoritário no consumo residencial.
Para superar esses obstáculos, é crucial fomentar a conscientização sobre os benefícios econômicos e ambientais da eficiência energética, além de incentivar a adoção de tecnologias inovadoras e a capacitação profissional no setor.
O papel dos estados no avanço da eficiência energética no Brasil
Cada estado brasileiro tem características energéticas e econômicas distintas, o que possibilita abordagens estratégicas específicas para promover a eficiência energética de maneira eficaz. A descentralização de políticas pode acelerar a adoção de tecnologias inovadoras, reduzir o desperdício e gerar economia tanto para o setor público quanto privado.
1. Políticas de incentivo e regulamentação local – os governos estaduais podem criar programas de incentivo fiscal para empresas que adotem medidas de eficiência energética, como a troca de equipamentos antigos por versões mais eficientes e a implementação de sistemas inteligentes de gestão de energia. Estados como São Paulo e Paraná já possuem legislações que fomentam a eficiência em edifícios públicos e indústrias, mas esse tipo de ação precisa ser ampliado para todo o país.
2. Investimentos em energias renováveis distribuídas – Estados com alto potencial de energia solar e eólica, como Bahia, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Norte, podem incentivar a instalação de micro e minigeração distribuída. Isso não apenas reduz a dependência de fontes fósseis, mas também contribui para a economia local, criando empregos no setor de energia renovável.
3. Eficiência energética em indústrias e comércios – Estados com forte presença industrial, como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, podem estimular a modernização do parque industrial com equipamentos de menor consumo energético. Além disso, políticas como a do Programa PotencializEE (já em funcionamento em algumas regiões) podem ser ampliadas para reduzir custos e tornar as empresas mais competitivas.
4. Sustentabilidade no setor público – Estados podem implementar diretrizes para que prédios públicos adotem iluminação eficiente, sistemas automatizados de controle de consumo e geração própria de energia. Goiás e Distrito Federal já possuem projetos de eficiência energética em escolas e hospitais, demonstrando que políticas locais podem reduzir gastos públicos de forma significativa.
5. Educação e conscientização – Campanhas estaduais podem conscientizar a população sobre práticas de consumo inteligente, incentivando desde o uso eficiente de eletrodomésticos até a substituição de lâmpadas convencionais por LED. Amazonas e Pará, por exemplo, têm projetos voltados à eficiência energética para comunidades ribeirinhas, promovendo alternativas sustentáveis para áreas isoladas.
Ou seja, cada estado tem um papel fundamental na transição energética do Brasil. Com políticas assertivas, investimentos em renováveis e estímulos à eficiência, o país pode não apenas reduzir custos e desperdícios, mas também fortalecer sua posição como referência em sustentabilidade e inovação.
O papel da NHS na promoção da eficiência energética
Como Diretor Comercial e Marketing da NHS, reafirmo nosso compromisso em fornecer soluções tecnológicas que contribuam para a eficiência energética no Brasil. Investimos continuamente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer produtos que atendam às demandas de um mercado em constante evolução, auxiliando empresas e consumidores a otimizar o uso de energia e reduzir custos operacionais.
Acreditamos que, por meio de parcerias estratégicas e da disseminação de conhecimento, podemos impulsionar práticas mais sustentáveis e eficientes, alinhadas aos objetivos nacionais de desenvolvimento e preservação ambiental.
O avanço rumo à eficiência energética no Brasil é uma jornada coletiva que exige a colaboração entre governo, iniciativa privada e sociedade civil. Ao adotar medidas proativas e investir em soluções inovadoras, o país poderá não apenas alcançar significativas economias financeiras, mas também fortalecer sua posição como líder em sustentabilidade no cenário global.
Fábio Moro é Diretor Comercial e Marketing da NHS, empresa especializada em soluções de energia e tecnologia.
Serviço:
NHS Sistemas de Energia
Endereço: Av. Juscelino Kubitschek De Oliveira – Ld, 5270
Cidade Industrial de Curitiba, Curitiba – PR, 81260-000
