Riscos do metanol e medidas para proteger a população são debatidos na ALEP

Riscos do metanol e medidas para proteger a população são debatidos na ALEP

A Assembleia Legislativa do Paraná sediou uma audiência pública de grande relevância para a saúde e a segurança dos paranaenses. Proposta e conduzida pelo deputado estadual Luiz Fernando Guerra (União Brasil), presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, o encontro reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor produtivo para debater os riscos da contaminação por metanol em bebidas adulteradas e buscar soluções conjuntas para enfrentar o problema.

Com o tema “Os Perigos do Metanol: Protegendo Vidas e Combatendo a Adulteração de Bebidas”, a audiência reuniu deputados estaduais, secretarias estaduais, representantes da indústria, da saúde, da segurança pública e da academia, em um debate que uniu ciência, gestão e responsabilidade social.

“Estamos falando de uma ameaça real à saúde pública e também de um golpe no setor produtivo, que trabalha de forma correta e sofre os impactos dessa ilegalidade. Precisamos unir esforços para garantir que o consumidor tenha segurança e que o empresário honesto não seja penalizado por quem age à margem da lei”, destacou Guerra, ao abrir os trabalhos.

Durante a audiência, Luiz Fernando Guerra lembrou que o Paraná já registrou quatro casos confirmados de intoxicação por metanol, todos em Curitiba, e reforçou que o Estado, por sua posição geográfica estratégica e fronteiriça, requer atenção redobrada. “Precisamos entender a rota desse veneno. Se entra pelas fronteiras, se é desviado da indústria, ou de onde vem. Só com fiscalização, inteligência e punição exemplar poderemos combater esse crime de forma eficaz”, afirmou.

Ampliação da fiscalização e uso de tecnologia

Entre as principais propostas apresentadas estão o reforço das ações de fiscalização, a inutilização das garrafas usadas, muitas vezes reaproveitadas por falsificadores, e o uso de tecnologia para rastrear a procedência das bebidas, como selos de autenticidade e sistemas digitais de controle.

O deputado Paulo Gomes (PP) ressaltou que, embora já existam leis que punem com rigor esse tipo de crime, o grande desafio é garantir fiscalização contínua e eficiente. Já o deputado Requião Filho (PDT) defendeu o uso de ferramentas tecnológicas, como QR Codes e chips de rastreamento, para assegurar a autenticidade das bebidas.

A deputada Cristina Silvestri (PP) destacou a importância de atualizar as normas e de responsabilizar também quem falsifica rótulos e tampas, enquanto o deputado Fabio Oliveira (PODE) reforçou a necessidade de punição severa aos criminosos que colocam vidas em risco.

Unindo forças em defesa da vida

A audiência também contou com a participação de representantes de órgãos públicos e entidades setoriais, como César Neves, secretário em exercício da Saúde do Paraná; Fábio Aguayo, presidente da ABRABAR; Anuar Abdul Tarabai, conselheiro da FIEP; Luciano Barros, do IDESF; Andressa Beig Jordão, do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC); Dr. Jefte Teixeira da Silva, da Polícia Científica; Wilson Coelho, do Sindicerv e Dra. Caroline da Ros Montes D’Oca, da UFPR, entre outros.

Os participantes reforçaram a importância da ação integrada entre vigilância sanitária, segurança pública e setor produtivo, além de campanhas de conscientização voltadas à população.
Para o deputado Luiz Fernando Guerra, o encontro simbolizou a força da união entre instituições públicas e privadas em prol da vida. “Hoje o Paraná deu um exemplo de maturidade institucional. Mostrou que, quando o poder público, a iniciativa privada, a academia e a sociedade civil se sentam à mesma mesa, o resultado é segurança, saúde e esperança”, afirmou o parlamentar em sua fala de encerramento.
Próximos passos

Ao final da audiência, Guerra destacou que o objetivo agora é transformar o debate em ações concretas, por meio de novas propostas legislativas, integração entre órgãos fiscalizadores e ampliação de campanhas educativas. “Nosso compromisso é transformar indignação em ação. O conhecimento é o primeiro antídoto contra o crime e a desinformação. Saímos desta audiência com o dever de proteger vidas e garantir que o Paraná siga como referência em responsabilidade e segurança”, concluiu o deputado.

A audiência pública encerrou-se com encaminhamentos para novos grupos de trabalho e a promessa de uma atuação coordenada entre os poderes, em defesa da saúde e da vida dos paranaenses.

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