Comissão de Estudos sobre o túnel do Novo Centro vai acionar Ministério Público

Na sessão ordinária, realizada na Câmara Municipal de Maringá, nesta quinta-feira (11), o vereador Sidnei Telles informou que a Comissão Especial de Estudos sobre o Túnel Ferroviário, do Novo Centro, vai acionar o Ministério Público Estadual e Federal.

Os vereadores exigirão que a concessionária Rumo autorize o acesso da Sanepar ao túnel para a conclusão dos reparos gerados pela cratera aberta no cruzamento das avenidas Paraná e Horácio Raccanello, no dia 18 de abril.

“O muro de arrimo está rompido. Por isso há, sim, o risco de que, em caso de chuva forte, tenhamos mais problemas, inclusive no pavimento que foi refeito. Este é o motivo da nossa urgência em obter esta autorização e esclarecimentos por parte da empresa, que tem concessão cedida pelo Governo Federal para administrar o túnel ferroviário”, explicou Telles que é engenheiro civil e presidente da referida Comissão.

O incentivo do Pix

Durante sua fala na tribuna, ele chegou a cogitar a possibilidade de que se abra uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para intensificar o trabalho de investigação.

“Enquanto não for feito o reparo no muro de arrimo, há insegurança no local e, consequentemente, insegurança aos munícipes”, afirmou. Além da falta de autorização para a Sanepar acessar o túnel, a empresa também não deu retorno às solicitações da Comissão, mesmo passados mais de 20 dias do incidente, no centro da cidade.


Entre os questionamentos dos vereadores está o fato apresentado pelo Corpo de Bombeiros durante a segunda oitiva da Comissão, realizada na quarta-feira (10), de que, em 2009, foi apresentado pela corporação um Plano de Atendimento Emergencial, que deveria ter sido executado no túnel pela então concessionária responsável, a América Latina Logística S.A. (ALL).

No entanto, até o momento, a Comissão não encontrou indícios de que o referido plano tenha, de fato, sido executado, o que representaria riscos em caso de acidentes, uma vez que não há acesso de veículos de socorro para o interior do túnel e outros mecanismos de segurança.


Também foi confirmado durante a oitiva que vagões usados para o transporte de combustíveis estão trafegando pelo túnel, o que, segundo o Corpo de Bombeiros, traz riscos de explosões, mesmo estando vazios.

“Se o vagão estiver cheio e ocorrer um acidente, ele vai pegar fogo, mas vazio é ainda pior, porque os gases produzidos pelo residual do combustível podem causar explosões”, explica o vereador.

A Comissão de Estudos recebeu nesta quinta-feira (11) novos documentos da Sanepar e deve formalizar um ofício ao Ministério Público até o início da próxima semana.

O Diário do Paraná

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