Desafios de gestão marcam início da carreira de advogados

Desafios de gestão marcam início da carreira de advogados

A advocacia é definida pelo Estatuto da Advocacia e da Organização dos Advogados do Brasil (OAB), por meio da Lei nº 8.906/1994, como a profissão voltada à defesa dos direitos e interesses das partes, à orientação jurídica e à promoção da justiça.

O exercício da advocacia envolve diferentes formas de atuação, seja em escritórios, departamentos jurídicos de empresas ou como profissional autônomo. Segundo o 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV), 72% dos advogados atuam por conta própria.

Priscila Pinheiro, advogada e CEO do Grupo Adali, afirma que, além do conhecimento jurídico, o advogado que deseja construir uma trajetória sólida e sustentável na advocacia atual precisa desenvolver habilidades específicas. "O advogado moderno deve ser, simultaneamente, um técnico excelente e um gestor competente. Para isso, é importante ter visão de negócio, competências de comunicação e relacionamento, organização e gestão do tempo, conhecimento sobre tecnologia e inteligência artificial e capacidade de análise estratégica", aponta a executiva.

Segundo a advogada, essas habilidades dão ao profissional a capacidade de compreender que a profissão também é um negócio que deve ser rentável e escalável. "Além disso, são essenciais para construir networking e fidelizar clientes, manter a eficiência à medida que o volume de casos aumenta, lidar com a digitalização dos tribunais e atender à expectativa de agilidade dos clientes, decidir quando aceitar um caso e identificar oportunidades de crescimento", reforça Pinheiro.

Para a CEO do Grupo Adali, a gestão ainda é uma lacuna presente entre profissionais do direito, especialmente no início da carreira, porque a formação jurídica tradicional é muito focada na técnica e na doutrina, sem preparar o advogado para os desafios empresariais da advocacia moderna.

"O profissional se forma dominando o Direito, mas sem conhecimento sobre gestão financeira, marketing jurídico, organização operacional e gestão de pessoas. Essa lacuna se intensifica nos primeiros anos, quando é necessário conciliar o desenvolvimento da expertise jurídica com a aprendizagem da gestão do negócio", comenta a advogada.

De acordo com Pinheiro, esse cenário faz com que muitos advogados talentosos tecnicamente enfrentem dificuldades para escalar suas operações e construir uma carreira sustentável.

Gestão nos primeiros anos de advocacia

A especialista orienta que advogados iniciantes adotem práticas de organização operacional para estruturar uma rotina mais profissional. Segundo ela, é imprescindível iniciar pela implementação de um sistema de controle de prazos e, em seguida, criar processos padronizados para tarefas rotineiras.

"O sistema pode ser digital ou físico, mas precisa ser confiável. Os modelos de petições, checklists de diligências, rotinas de acompanhamento processual são igualmente fundamentais", reforça.

Além disso, o profissional deve estabelecer uma agenda equilibrada, com tempo para estudo, atendimento a clientes e tarefas administrativas, assim como definir métricas de acompanhamento. "É de suma importância ter ciência da quantidade de casos novos por mêS, tempo médio de resolução e taxa de sucesso. Por isso, o advogado pode investir em ferramentas que automatizem tarefas operacionais, liberando tempo para atividades estratégicas e de maior valor agregado", pontua a profissional.

Pinheiro destaca que uma atuação estratégica é proativa e focada em soluções, e se difere da atuação tradicional, que é reativa e burocrática. Segundo ela, um advogado estratégico entende como aplicar a lei de forma inteligente, eficiente e alinhada aos objetivos reais do cliente.

"Um profissional estratégico sempre considera tempo, custo e probabilidade de sucesso, e também é capaz de antecipar cenários, construir teses inovadoras e usar tecnologia para acelerar processos", conta a CEO do grupo Adali.

Tecnologia e crescimento sustentável

A tecnologia pode ajudar a equilibrar a rotina jurídica com a parte administrativa e comercial de um escritório de advocacia, especialmente por ter capacidade de eliminar tarefas manuais repetitivas e liberar o advogado para o trabalho intelectual.

"Plataformas de correspondência jurídica, como o Correspondente Dinâmico, permitem contratar diligências e audiências em qualquer comarca sem deslocamento. Para a parte comercial, a tecnologia pode facilitar a prospecção qualificada de clientes e o relacionamento contínuo, a exemplo do Adv Dinâmico", destaca Pinheiro.

A plataforma Adv Dinâmico, criada pelo Grupo Adali, possibilita a prospecção de clientes de maneira inteligente. O advogado consegue selecionar os casos que estão previamente categorizados pela inteligência artificial (IA) por área de atuação e região.

A empresa desenvolveu um ecossistema integrado com o objetivo de resolver os principais gargalos de crescimento da advocacia, adotando uma abordagem que busca combinar eficiência operacional, crescimento escalável e decisões baseadas em dados.

"O Correspondente Dinâmico permite expansão geográfica sem investimento em estrutura física, enquanto o Adv Dinâmico pode ajudar a resolver o desafio da prospecção através de IA que conecta casos qualificados aos advogados especializados. Além disso, temos a Central do Direito, que mantém os profissionais atualizados com conteúdo técnico e especializado", revela a advogada.

Para mais informações, basta acessar: https://advdinamico.com.br/

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