Justiça sob ataque reforça papel da cibersegurança no Brasil

Em um cenário onde o sistema judiciário brasileiro tem sido alvo recorrente de ataques cibernéticos, a segurança digital deixou de ser uma preocupação técnica para se tornar uma questão estratégica nos escritórios de advocacia.
A invasão ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em abril de 2019, o ataque aos dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em março de 2023 e a operação da Polícia Federal em junho de 2025, que prendeu dois hackers suspeitos de integrarem grupo criminoso responsável por ataques cibernéticos aos sites do Supremo Tribunal Federal (STF), Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e do CNJ, são apenas alguns exemplos que revelam a vulnerabilidade das instituições jurídicas frente às ameaças digitais.
Diante desse contexto, escritórios de advocacia, que lidam diariamente com contratos, estratégias jurídicas, dados financeiros e informações pessoais de clientes, precisam começar a tratar a cibersegurança como prioridade absoluta, como afirma Gustavo Domingos Cardoso, CEO da Lobios, empresa especializada em soluções de cibersegurança, tecnologia e inovação.
“Um vazamento ou ataque pode comprometer não apenas a reputação, mas também a continuidade do negócio. A cibersegurança, portanto, não é mais uma questão técnica, e sim de confiança, conformidade e sobrevivência no mercado”, alerta.
Segundo o executivo, a prevenção começa com uma abordagem em camadas, que pode incluir firewall de última geração com UTM (Unified Threat Management) e VPN (Rede Privada Virtual), soluções EDR (Detecção e Resposta de Endpoint) para detecção e resposta a ameaças em tempo real, backups automatizados e criptografados com retenção de longo prazo, monitoramento contínuo e planos de continuidade de negócios e recuperação de desastres bem definidos.
“A maioria dos ataques começa com um clique errado. Treinar os colaboradores para reconhecer tentativas de phishing, usar senhas fortes e seguir boas práticas digitais transforma o elo mais fraco (e mais importante) da segurança, o fator humano, em uma linha de defesa ativa”, reforça.
Gustavo ressalta que a escolha de um parceiro tecnológico também pode exigir critérios específicos. “É essencial que a empresa compreenda as particularidades do setor jurídico, ofereça soluções escaláveis e sob medida, tenha histórico de atuação com escritórios de diferentes portes e apresente clareza nos contratos e suporte técnico especializado”, explica.
“Essa pode ser a diferença entre uma solução genérica e uma proteção real. Um parceiro que conhece o setor jurídico entende os fluxos de trabalho, os sistemas utilizados, as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e os riscos específicos do ambiente jurídico. Isso permite entregar soluções mais eficazes, com menor impacto operacional e maior aderência à rotina do escritório”, acrescenta o CEO.
Mercado em expansão
O setor brasileiro de segurança da informação já registra índices de crescimento expressivos nos últimos anos. De acordo com o Relatório de Cibersegurança 2025 da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o setor deve movimentar R$ 104,6 bilhões entre 2025 e 2028, com uma taxa de crescimento acumulada de 43,8%.
O levantamento aponta ainda que o Brasil é o único país da América do Sul classificado no Tier 1 do Global Cyber Security Index (GCI) e da União Internacional das Telecomunicações (UIT), o que evidencia seu protagonismo regional. Ainda assim, o país continua sendo um dos principais alvos de ataques cibernéticos no mundo, com 60 bilhões de tentativas registradas apenas em 2023.
Para garantir uma proteção efetiva no ambiente jurídico, Gustavo recomenda “monitoramento contínuo com alertas em tempo real, gestão de ativos e inventário de TI, controle de acesso, políticas de segurança atualizadas, suporte remoto com auditoria de chamados e análise de baseline com capacidade de crescimento”.
Sobre a Lobios
Fundada em 2008, a Lobios atua com tecnologia, segurança e inovação especializada em soluções para ambientes jurídicos. A empresa oferece serviços como firewall corporativo Next Generation (Lobios Secure Gateway), EDR com proteção contra ransomware (Kaspersky Next), implantação e gestão de Microsoft Intune para dispositivos móveis, consultoria em segurança da informação e conformidade com a LGPD, Plano Diretor de Informática (PDI) sob medida, além de monitoramento e suporte remoto especializado.
“Buscamos nos diferenciar por atuar com foco exclusivo em ambientes jurídicos, oferecer soluções modulares e adaptáveis e contar com uma equipe multidisciplinar que tem como objetivo o conhecimento técnico com visão estratégica de negócio”, conclui Gustavo.
Para saber mais, basta acessar: https://www.lobios.com.br