Museu de Ciência amplia iniciativas sustentáveis na Amazônia

Museu de Ciência amplia iniciativas sustentáveis na Amazônia

Enquanto a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, começa oficialmente na segunda-feira, 10 de novembro, Belterra recebe a inauguração do MuCA, o Museu de Ciências da Amazônia, reafirmando que, para a preservação ambiental, é essencial alavancar o social. O MuCA emerge como uma plataforma que integra ciência, cultura e empreendedorismo, com uma forte conexão com a ancestralidade da região amazônica.

O museu na Amazônia não é apenas um espaço de preservação e educação, mas um laboratório de inovação. Instalada sobre o solo da Terra Preta de Índio, um legado biotecnológico milenar, a iniciativa mostra que o futuro pode ser sustentado por práticas tradicionais e modernas, criando novas formas de prosperidade para as gerações futuras. "A Terra Preta é a prova viva de que já existiu uma civilização capaz de regenerar o planeta. O MuCA é a materialização dessa inteligência, um lugar para aprender com o passado e projetar um futuro em que ciência e ancestralidade caminham juntas," afirma Luiz Felipe Moura, fundador e coordenador geral do MuCA.

A inauguração do museu acontece no momento em que líderes de países florestais tropicais e nações parceiras da agenda ambiental já se encontram em Belém para discutir os rumos do combate às mudanças climáticas e a transição verde. A Cúpula do Clima, que precede a COP30, é um evento fundamental para a agenda global e, com a abertura do MuCA, Belterra se posiciona como um polo central de ciência e inovação, com foco na restauração florestal, na bioeconomia e no fortalecimento das comunidades locais.

O MuCA, em parceria com o Sebrae, vai além da preservação ambiental, buscando gerar uma transformação social profunda. Através de sua Escola Agroflorestal, o museu está formando jovens empreendedores como "empreiteiros da restauração", prontos para atender à crescente demanda global por serviços de regeneração de ecossistemas e mitigação das mudanças climáticas. Com esse modelo, a iniciativa propõe soluções sustentáveis que conectam o conhecimento ancestral das comunidades amazônicas com as necessidades do mundo contemporâneo, criando um ciclo de aprendizado e desenvolvimento.

A Casa 1, um centro cultural restaurado que se torna um restaurante-escola, reforça essa proposta, oferecendo a oportunidade de entender como a biodiversidade da Amazônia pode ser um modelo para a alimentação e saúde epigenética. Ao promover a nutrição baseada em alimentos naturais e não ultraprocessados, o MuCA também propõe uma reconexão com as raízes culturais da região, com foco na saúde, bem-estar e sustentabilidade.

Com o apoio do Sebrae e de parceiros nacionais e internacionais, o MuCA não apenas celebra a ciência e a cultura da Amazônia, mas também ressalta a urgência de se integrar as dimensões social e ambiental. O evento marca o início de uma jornada que pode redefinir a maneira como o mundo vê a floresta e a prosperidade, com um foco particular no desenvolvimento local e na geração de empregos qualificados, especialmente entre os jovens.

Parceiros do MuCA: Edenred; Pacco; Volkswagen Caminhões e Ônibus; Everllence Brasil; Google; White Martins; Transmissoras brasileiras de Energia: Empresa Amazonense de Transmissão de Energia (EATE); Empresa Norte de Transmissão de Energia (ENTE); Empresa Paraense de Transmissão de Energia (ETEP); Sebrae; Prefeitura de Belterra.

DINO