FLORESCER mostra a força da economia circular na construção civil

FLORESCER mostra a força da economia circular na construção civil
Curitiba mais uma vez mostrou por que é referência em sustentabilidade e inovação. A primeira edição do FLORESCER – Ciclos que transformam nossa cidade reuniu profissionais, instituições e convidados em uma roda de conversa inspiradora sobre como os conceitos de economia circular e reaproveitamento de materiais podem se tornar práticas reais dentro do planejamento urbano e da arquitetura do dia a dia.
Abrindo o encontro, Ilana Lerner, do Instituto Jaime Lerner, relembrou a história do programa Lixo que Não é Lixo, pioneiro em Curitiba e no Brasil, que nos anos 1980 alcançou índices de reciclagem inéditos, chegando a 70%. “Foi um exemplo pioneiro, mostrando que o lixo nunca ‘vai embora’. Ele sempre fica e precisa de soluções responsáveis. Curitiba deu ao país uma lição de como a reciclagem é essencial para a sustentabilidade urbana”, disse.
Na sequência, Marília Bender Almeida, fundadora da Caçamba do Bem, reforçou como esses princípios ainda norteiam a construção civil e ganham novas formas de aplicação. “O Instituto Jaime Lerner é um dos grandes precursores desse movimento em Curitiba. A forma como trouxe o conceito do ‘lixo que não é lixo’ para o debate urbano é um pilar de inspiração para o Caçamba do Bem e para muitos que acreditam na economia circular aplicada à construção civil. O FLORESCER nasce dessa influência, mas também com a missão de traduzir esse pensamento para dentro das casas e da vida das pessoas.”
Na sequência, as arquitetas Ana Sikorski e Kátia Azevedo, da Moca Arquitetura, destacaram que o olhar para o futuro também passa por reaprender a utilizar o que já existe. Para elas, dar uma nova vida a materiais e espaços é um exercício de criatividade e responsabilidade, além de uma forma de projetar ambientes mais conscientes e conectados com a realidade atual. Esse processo mostra que, muitas vezes, as melhores soluções estão em repensar o uso do que temos em mãos.
O encontro aconteceu em meio às orquídeas do Orquidário Rosita, espaço que também reforçou a proposta de circularidade. Eduarda Guimarães de Almeida, responsável por Marketing e Eventos do Orquidário, destacou a ambientação criada especialmente para a ocasião. “Todo o cenário foi pensado para dialogar com o propósito do encontro, reforçando a ideia de reaproveitamento e de novas possibilidades para materiais já existentes. Mais do que compor a estética, o espaço foi parte da mensagem, mostrando na prática os princípios da sustentabilidade em pauta.”
Um convite à transformação
Mais do que debater sustentabilidade, o FLORESCER inaugurou um formato inédito de evento, que une reflexão, inspiração e prática em torno de um mesmo objetivo: transformar a relação da cidade com seus resíduos e mostrar que inovação e consciência caminham juntas.
A realização foi do Orquidário Rosita, da Caçamba do Bem, do Instituto Jaime Lerner e da Moca Arquitetura, com apoio da Inove, do Studio Rômulo Lass e da RS Comunicação, além da parceria gastronômica da Prestinaria.
O sucesso da primeira edição deixou claro: quando diferentes olhares se encontram, nascem novas possibilidades para um futuro mais sustentável.
Sobre o Caçamba do Bem
Sob a curadoria da designer de interiores e fundadora do projeto, Marília Bender Almeida, o Caçamba do Bem busca não apenas transformar materiais descartados ou esquecidos em objetos de valor, mas também promover uma mudança de paradigma na construção civil para fortalecer um consumo mais consciente, acessível e circular.
O Caçamba do Bem reforça a importância da sustentabilidade na construção civil e inspira todos a desempenhar um papel ativo nessa transformação. “Acreditamos na capacidade da economia circular em transformar vidas e promover um futuro mais sustentável. Entendemos que precisamos pensar hoje no que buscamos no amanhã, por isso buscamos nos aproximar cada vez mais de marcas e pessoas do ramo que, assim como nós, entendem que o que aquilo que não serve mais para mim pode servir para outro. Assim, estamos batalhando para construir um novo jeito de construir, mais consciente e sustentável”, diz Marília.